sábado, 20 de fevereiro de 2010

DECORADOR



Passamos grande parte da vida entre quatro paredes. Em parte, isso explica por que a carreira de decorador está se firmando no país, com profissionais cada vez mais gabaritados. "Quando comecei, trinta anos atrás, não havia formação especializada. Agora temos no mercado gente competente, vinda dos cursos de arquitetura e de decoração", afirma o decorador paulista Sérgio de Oliveira.
"Trabalhamos para que o homem viva em ambientes mais funcionais e agradáveis", diz Jane Monteiro Franco, coordenadora do curso de decoração da Uemg, em Minas Gerais. Segundo ela, o grande desafio é decorar um ambiente respeitando os desejos, o perfil e a disponibilidade financeira do cliente. Ou seja, na vida real, é raro o decorador poder criar livremente. "Não adianta fazer uma casa com o que existe de mais moderno em móveis, objetos, cores e iluminação se os donos dela têm um estilo conservador", explica.
Nessa profissão, além de desenvolver projetos, você vai coordenar equipes de profissionais, como marceneiros, pintores e eletricistas, que transformarão suas idéias em realidade. No dia-a-dia, a supervisão do trabalho da equipe vai se somar a uma rotina de trabalho puxada, em que jornadas de dez horas são comuns. "A parte mais exaustiva é a época em que executamos um projeto", conta Martha Vidal, decoradora em São Paulo. "Mas vale a pena. A grande recompensa está nas duas pontas do processo: a criação do projeto e a entrega do trabalho."



O mercado

A valorização da aparência das casas e o barateamento dos projetos de decoração fizeram com que o trabalho desse profissional se expandisse entre a classe média. Crescem as oportunidades em adaptação de móveis e espaços: o decorador é capaz de criar ambientes funcionais nos pequenos apartamentos das grandes cidades. Outro nicho são as empresas da área de decoração, em que o profissional ajuda o cliente a escolher os móveis. "Também há potencial na decoração de áreas comerciais, como grandes empresas".



O curso
Os dois primeiros anos são tomados por matérias como estética, história da arte e história do mobiliário. A partir do terceiro, aumenta a carga horária de aulas de projetos em composição de interiores e exteriores (decoração e jardinagem), de perspectiva, desenho artístico e desenho arquitetônico técnico. Duração média: quatro anos.

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