domingo, 4 de abril de 2010
CINEASTA
"Cinema é quase uma carreira imaginária. A situação do cineasta é muito incerta e estamos sempre correndo atrás de dinheiro para as produções", afirma o diretor paulistano Ugo Giorgetti, realizador dos filmes Sábado e Boleiros, que ajudam a manter a magia do cinema. Por isso, ele alerta: "Cinema, só com vontade, não dá pra fazer". Mesmo se tratando de uma profissão difícil, a retomada da produção nacional e o sucesso de filmes com Central do Brasil, O Quatrilho e Carlota Joaquina deram novo alento à cinematografia brasileira. Lentamente, surgem oportunidades de trabalho para os profissionais do setor. Mas todos eles concordam que faltam incentivo e dinheiro suficientes para o país manter uma indústria cinematográfica. "As leis de incentivo só atendem à produção, mas há problema também na distribuição e na exibição", diz Luiz Carlos Soares, vice-presidente da Associação Brasileira de Documentaristas.
Quem quiser trabalhar nessa área precisa saber que são poucos os que conseguem chegar à direção. Contudo, não é só com diretores que se faz cinema e vídeo.
"Tem muita gente que se forma querendo fazer outras coisas, como fotografia, montagem ou som", observa Beto Brant, diretor dos filmes Matadores e Ação entre Amigos. Na verdade, é nessas áreas que existe mais trabalho. "Uma produção envolve grande quantidade de pessoas e é comum contar com cerca de sessenta profissionais, de atores principais a técnicos", conta Luiz Carlos Soares.
O mercado
As maiores chances estão longe das salas de exibição: o campo em expansão, hoje, é a TV. O crescimento acelerado das TVs por assinatura tem promovido boas oportunidades de trabalho em produtoras de vídeo. A TV aberta também oferece opções, como novelas e outros programas. Os filmes publicitários são produzidos em grande escala no país e pagam os melhores salários. As principais produções de longa-metragem concentram-se em São Paulo e no Rio, mas está surgindo uma indústria promissora no Nordeste e no Rio, mas está surgindo uma indústria promissora no Nordeste e no Rio Grande do Sul.
O curso
No primeiro ano, você é apresentado à linguagem e à história do cinema. As matérias práticas entram no segundo ano, quando irá estudar cada etapa da produção cinematográfica, do roteiro à finalização. Desde o início do curso são feitos filmes de curta-metragem experimentais. Duração média: quatro anos.
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