quinta-feira, 18 de março de 2010

ENGENHEIRO DE MATERIAIS



Vários modelos de automóveis estão sendo fabricados no Brasil com paralamas feitos inteiramente de plástico. "Além de tornar os carros mais leves, esse material permite inovações de design que seriam difíceis de obter se fosse feitas com metal", diz Paulo Santos, gerente de tecnologia da fábrica da General Eletric em Campinas, São Paulo. "Os setores eletroeletrônico e de telecomunicações, por exemplo, só atingiram o atual estágio de evolução graças ao desenvolvimento de novos materiais condutores, isolantes elétricos e da tecnologia das fibras óticas e dos componentes eletrônico-óticos", lembra Silvio Manrich, professor da UFSCar, em São Paulo.
Assim como as indústrias automobilística, eletrônica e de telecomunicações, o crescimento de diversos setores depende da disponibilidade de materiais adequados - e, portanto, do trabalho do engenheiro de materiais. Cabe a ele estudar o uso de materiais como plástico, metais e cerâmica na fabricação dos mais variados produtos. Atualmente, seu maior desafio é o desenvolvimento de tecnologias de reciclagem de materiais, para preservar o meio ambiente e reduzir custos industriais. Nessa área, informar o professor Manrich, as pesquisas em curso no Brasil estão voltadas para a reciclagem de plástico e de resíduos sólidos do lixo industrial.



O mercado

São boas as perspectivas para os especialistas em reciclagem de materiais, em razão da economia representada por esse processo e das leis de proteção ambiental. Há vagas para os especialistas em processamento de polímeros para a fabricação de artigos para a construção civil, como portas, janelas, divisórias, forros, telhas e caixas-d'água. No ramo da cerâmica, cresce a procura por quem lida com materiais especiais para uso odontológico e refratário. A Região Sudeste é, de longe, a que representa a maior falta do mercado, especialmente em São Paulo, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

Em alta: Reciclagem de materiais.


O curso

Desde o início do curso você vai ter aulas teóricas e práticas, em laboratório. Nos dois primeiros anos, muita matemática, física, química e termodinâmica. A partir do segundo, optará por uma especialidade: polímeros (plásticos), cerâmicas ou metais. As disciplinas importantes nessa fase são todas ligadas a materiais. O estágio de seis meses é obrigatório.


 Duração média: cinco anos.

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